19/02/2011
Filadelfia/PY e Loma Plata/PY
vidadecaramujo@gmail.com
Sigam, opinem, comentem.
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Olá Pessoal.
Acordamos determinados a conhecer as tão faladas
Filadélfia/PY e Loma Plata/PY.
Enquanto eu arrumava o trailer, o Zeca saiu para comprar
água e tirar algumas fotos do açougue (que aqui se chama “carniceria”), onde as
carnes ficam todas penduradas em varal, cheio de moscas e fedido. Uma
verdadeira carniceria. Aproveito e tirou foto também de um banco, chamado
“Banco Familiar”, e dos guardas do banco, com armas na cintura.
Em menos de 3 minutos, havia um camburão da policia do nosso
lado, querendo nossos documentos e querendo saber o motivo das fotos do banco,
pois haviam acionado eles por conta disso. Após verificarem que éramos
turistas, começaram a rir.
Nos documentos, começaram a perguntar pro Zeca se o carro
tinha seguro, e o Zeca mais do que depressa mostrou no documento escrito
“Seguro Obrigatório”. O guarda acreditou que era o seguro internacional. Pelo
menos pra alguma coisa serviu este roubo anual do governo, que é o tal do
Seguro Obrigatório.
Reposto do mal entendido, antes de pegarmos a rodovia, o
Zeca decidiu trocar o óleo da caminhonete. Ao chegarmos ao local indicado pelo
posto que dormimos, após negociarem, verificaram que não possuíam a chave para
abrir o local da troca de óleo.
Saímos de lá, e, logo que pegamos a rodovia, o Zeca viu um
comércio (Ferreteria) com diversas ferramentas penduradas. Parou e foi até lá.
Voltou com 3 chaves e um papelão para entrar embaixo da
caminhonete e testar qual era a adequada.
Depois que viu qual era, voltou para pagar. Pois acreditem
se quiser, o rapaz, chamado Victor, não quis cobrar. Disse que era um presente
da loja dele.
O Zeca voltou todo risonho pra caminhonete para me contar,
pegou um chaveiro do Brasil que levamos e deu para ele..
Todo feliz, ele se ofereceu a ir até a casa dele buscar
mapas turísticos do Chaco para nos auxiliar na viagem.
Desta forma, foi com a moto na frente para nos guiar a casa
dele e, lá chegando, nos entregou dois mapas do Chaco. Um deles é um livro bem
detalhado de todo o Paraguai. Cidade por cidade, com mapas, plantas,
fotografias e pontos turísticos.
Felizes, tiramos fotos, trocamos e-mail, Orkut, passamos
nosso site e em posse dessa nova e utilíssima ferramenta, seguimos viagem.
A uns 20 km a frente, passando por um posto policial, fomos
parados. Isso não é novidade nenhuma.
O policial quis ver o trailer, como funciona, documentos,
etc. Ao verificar que estava tudo correto, perguntou se o Zeca era empresário,
e em seguida perguntou: “E a cervejita?”. O Zeca deu uma de bobo e respondeu:
“Nós otros não bebemos cervejita”, e ele replicou: “De-me uma plata para
cervejita. Dólar.”.
O Zeca voltou a caminhonete bravo toda vida, pegou G$ 10.000,00
(R$ 4,00), afinal, se é para cerveja, G$ 10.000,00 dá, e entregou ao bandido de
farda.
Inconformados, seguimos viagem rumo a Filadélfia/PY. Foram
mais ou menos 200Km até chegar, e no caminho ficamos encantados com a paisagem.
Comprei um leque feito por índio da tribo Toba-Maskoy. Tirei até foto!!!
Existem muitos deles ao longo da estrada. E eles vendem desde artesanatos até
carnes de cabra, que por sinal, ficam pendurados em galhos na beira da rodovia.
Nojento. Você vai andando e de repente encontra uma picanha de cabra na sua
frente!
Aqui não tem montanha. É tudo plaino. Uma vegetação muito
bonita e muitos bichos. Vimos uma raposa atravessando a rodovia. Que linda!!!
Me lembrei na hora d’ O Pequeno Príncipe!!!!
No caminho, ao parar para abastecermos, notamos que a
geladeira não funcionava. O gás não acendia. Iria perder tudo o que estava na
geladeira se não consertássemos a tempo.
Enquanto apanhávamos para faze-la funcionar, chegou um rapaz
da porta do trailer, falando em português. Era brasileiro, curitibano. Estavam em
três, a caminho da mesma cidade destino nossa. Trocamos algumas palavras e eles
foram embora.
A rodovia, apesar de simples, parece um tapete. E foi assim
até o Hotel Touring, no cruzamento a 15 km antes de Filadélfia/PY.
Neste hotel, ao entrarmos, nos deparamos com um gaúcho que
trabalha lá (o dono do hotel também é brasileiro). Negociou nossa entrada no
hotel além de nos dar algumas dicas sobre Filadélfia/PY.
Paramos o trailer no estacionamento, fiz o jantar (coxinha
de frango frita, arroz e feijão) e ficamos sofrendo para fazer a geladeira
funcionar. Decidimos procurar ajuda profissional amanhã na cidade. E eis que
nós sentados, jantando a luz do luar, em volta da piscina do hotel, a uns 5 metros do trailer e
aparecem os mesmos brasileiros que encontramos no caminho.
Na conversa eles disseram que estavam a passeio.Mas deu pra
perceber nitidamente que estavam a negócios, talvez comprando alguma fazenda.
Mas se não quiseram falar nada, paciência.
Devido a grande quantidade de chuvas, aumentou demais o
numero de insetos. Tem um que eles chamam de “fede-fede”, parecendo uma mistura
de besouro com barbeiro, e realmente fede absurdo, tem cheiro de carniça.
Estava infestado, mas perde de longe para a comunidade dos pernilongos. Sabe
beira de rio? Multiplica por 200 que você chega perto da quantidade que tem por
aqui. E são bem criados os danados. Cada “pernilongão”!!!! E eles vem no rosto
da gente. Sabe aquele ditado: “De graça até injeção na testa”?Vem pra cá levar
umas 10 picadas de pernilongo na testa e você nunca mais vai dizer isso!
Após confirmar que os mosquiteiros do trailer estavam bem
colocados, veneno, repelente e ventilador (aqui é um calor absurdo, estava a
mais ou menos uns 35º, mas pode chegar até 48º nos dias mais quentes), dormimos
feito anjinhos.
Abaixo algumas fotos.
Amanhã tem mais pessoal! Tchau!
As fotos abaixo são Lago Ypacarai
San Bernardino
A caminho do chaco paraguaio.
Deus me livre.
Isso é uma verdadeira carniça.
Da pra perceber o perigo, não?
Tudo com grade.
Isso é um bar, armazém, e as pessoas ficam do lado
de fora da grade para efetuar a compra que é passada
para o cliente por uma "portinhola".
O cliente não entra.
Um brasileiro que encontramos no Chaco (Thaco),
foi muito gentil e fez questão de nos presentear com uma
edição de de um livro de atrações turísticas do Chaco,
e ainda não cobrou pela ferramenta que comprei.
Loja do nosso mais novo amigo.
Ele estava tentando a vida no Paraguai com sua loja
de ferramentas.
Sarita comprando um chapéu de um índio nas margens
da rodovia.
Ficamos acampados nos fundos de um hotel.
Parada para conhecer Filadélfia e Loma Plata.
Aqui nos roubaram uma lanterna.
O locar é bonito, mas com muito barro arenoso.
É uma areia molhada misturada com cascalho.
É proibido casar.
As fotos abaixo são Lago Ypacarai
San Bernardino
Não term cercas e os animais ficam soltos, transitando
livremente pelas rodovias.
Mais adiante vou te mostrar que as coisas ficam
muito piores na Bolívia.
Ela não saia, tive que implorar.
Enfim, saiu
Já em Filadélfia.
pequena cidade com menos de 8 mil habitantes.
A velocidade máxima nas ruas de de 30 km/h.
Se passar disso, da problemas.
Não sei que tipo de problemas e na duvida eu
não ultrapassei os 25 km/h.
Museus.
Jardins dos museu.
Imagine um lugar onde não ha televisão, o transito é de
carroças, movimento intenso, as pessoas falam dialetos
arcaicos e se vestem como no seculo XVIII.
São os menonitas que fundaram a cidade e mandam
em tudo por la.
Conhecidos por serem muito duros, com os paraguaios e
vistantes.
Os homens se vestem com macacões
e as mulheres com vestidos coloridos
ate os pés e chapéus enormes.
Os lugares são bonitos não tem duvida.
Os menonitas são um grupo de denominações cristãs
que descende diretamente do movimento
anabatista que surgiu na Europa no seculo XVI,
na mesma época da reforma. Tem seu nome
derivado do teólogo físico Menno Simons
(1496-1561), que através dos seus escritos articulou
e formalizou os ensinos dos seus predescendentes anabatistas
suíços. Segundo estimativas de 2009, há mais de 1,6
milhões de menonitas espalhados pelo mundo.
"Fonte: Wikipédia"
São considerados muito durões pelo restante da população
que não é Menonita.
Eu e Sarita.
Ali ficamos em um hotel e aconteceu um episodio
que não vou falar aqui, mas quem sabe mais adiante
eu acabo postando.
Em um restaurante em Filadelfia.
Encontramos alguns administradores de fazendas
que já estavam na cidade ha algumas semanas, e não
podiam ir embora, pois havia chovido muito e as fazendas
ficam sempre ha centenas de quilometros da cidade
e o risco de atolar as caminhonetes (todas 4X4)
é muito grande, e em estradas desertas o risco é enorme.
Almoçamos. Lugar muito agradável. Cidades diferentes
todas voltadas para a agropecuária.
Muitos armazéns enormes e cooperativas.
Por essa foto da para se ter uma ideia do tamanho desse
restaurante para uma cidade com 8 mil habitantes.
Ainda penso em voltar la algum dia.
Os campos são assim.
O Paraguai tem suas belezas, fora da região de
Ciudad del Este.
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Você pegaria uma carona nesse caminhão?
E la vamos nos.
Voltamos às estradas esburacadas.
Ainda o restaurante.
Ola, parabens pelas fotos, voces tiveram algum contato com os administradores de fazenda de Filadelfia, recebi uma oferta de emprego la e gostaria de informações a respeito.
ResponderExcluirOla, parabens pelas fotos, voces tiveram algum contato com os administradores de fazenda de Filadelfia, recebi uma oferta de emprego la e gostaria de informações a respeito.
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