Cascavel, Foz do Iguaçu, Cidade del Este PY
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Olá Pessoal!!!!
Jesus!!! Como rezei essa noite!!!
Pois acreditem vocês que choveu a noite inteirinha. Sem
parar.
A chuva caia e ficava batendo no teto no trailer, que é de
alumínio e me lembrava de quando eu dormia na minha vó e eles esqueciam a
vasilha de comida dos cachorros debaixo de alguma goteira.... Afff!!! Que
nervoso aquele tec,tec,tec na cabeça.
Meio sonolenta, comecei a escutar a chuva. De repente me
lembrei que paramos o trailer perto de uma boca-de-lobo e toda a chuva do posto
escorria e saia por ali. Comecei a pensar naquelas enchentes de São Paulo e
pensava: “Vai inundar, arrastar o trailer. Vamos morrer!!!”. Aff! E como se não
bastasse, um relâmpago atrás do outro. Daí me lembrei que vi na Ana Maria Braga
uma entrevista onde o rapaz disse que dentro do carro é muito seguro contra
raio, pois é uma estrutura metálica fechada... Pensei “uffa!!”. Que uffa, que
nada. Não tinha certeza se o trailer era de metal ou não.
Enfim, não querendo acordar o Zeca, rezei a noite toda,
pensando naqueles ramos que minha vó benzia no Domingo de Ramos e queimava
quando vinha alguma chuva muito brava. Dizia que era pra “acalmar a
tempestade”. Pensava “Por que eu não trouxe esses ramos bentos?!?!”.
Não sei se vocês já acordaram de madrugada, sonolentos e
ficavam pensando um monte de bobagens. Se sim, vocês me entendem. Se não, devo
confessar que a gente pensa cada absurdo...
Após essa noite agitada, acordei com o Zeca “pulando da
cama” logo cedo.
Ele levantou. Tomou um banho no trailer. Daí, chegou a minha
vez.
Comecei a tomar banho com uma água até que morna, porém,
quando minha cabeça estava toda ensaboada, adivinhem! Desligaram a energia e
terminei o banho simplesmente com a água gelaaaaadaaaa!!!!
Se eu tivesse tomado um porre, teria sarado na hora!
Organizamos o trailer, tomamos café da manhã dentro do
trailer mesmo, e seguimos rumo a Foz do Iguaçu, debaixo de muita chuva e
neblina.
Confesso que a paisagem é bem mais bonita do que imaginava.
Tinha a impressão de que perto da fronteira é tudo sujo e feio (quanto preconceito!!!).
Porém, descobri que é bem mais bonito que muitos dos trajetos que fazemos
dentro do estado de São Paulo.
No caminho ficamos sabendo através da Fernanda que a nossa
entrevista irá ao ar hoje as 14:00h na TV Barretos e sábado que vem as 14:30h
na TV Record. Pena que não vamos ver, mas já liguei pra todo mundo avisando!!!!
Chegando em Foz do Iguaçu, só nos demos conta de que havia
realmente chegado quando nos deparamos a uma placa que dizia “Ultimo retorno
antes da Ponte da Amizade”.
Paramos no acostamento e em questão de segundos um rapaz
apareceu oferecendo um estacionamento por R$ 40,00. Absurdo.
Entramos no retorno e, como estava com o note no colo,
comecei a procurar por um Camping desesperadamente. Atravessar a fronteira com
o trailer era impossível. Vocês não imaginam a quantidade de carros, motos, ônibus
e pessoas que trafegam na ponte.
Num posto de combustíveis, enquanto abastecíamos a
caminhonete, o Zeca foi combinar no lava-jato a possibilidade de lavar o
trailer. Essa era uma desculpa para, na verdade, o trailer ficar lá como
estacionamento por R$ 15,00.
Neste meio tempo descobri um Camping por R$ 18,00 por
pessoa. Liguei e falei com Dona Matilde, a proprietária que nos informou que o Camping ficava a 7 Km
da ponte. Era longe, no entanto, além de um lugar para parar o trailer e a
caminhonete, precisaríamos de um lugar para dormir.
Chegamos ao Camping, estacionamos e em 15 minutos estávamos
prontos para ir até o Paraguai.
Como era longe, 13:00h e passar de carro pela fronteira
demoraria umas 2 horas devido o congestionamento, descobrimos que existia
moto-taxis e resolvemos apelar. Dona Matilde ligou para nós e eles chegaram
rapidamente.
Cobraram R$10,00 de cada um para chegar até a fronteira do
lado brasileiro. Depois, para atravessar a ponte, precisamos pegar outros
moto-taxis a R$5,00 cada para ir.
Eu sinceramente, nunca vi um transito tão maluco como eu vi
nesse trecho. É simplesmente 10x pior que São Paulo da sexta-feira as18:00h.
Moto, então, é o pior de todos, pois, além da rixa entre carros e motos, há
rivalidade entre as próprias motos.
Na fronteira, passa somente uma moto de cada vez, e vocês
precisam ver a briga. É moto encostando em moto o tempo todo.
Já do outro lado, no Paraguai, meu Deus. Parece a 25 de
março no Natal. Com uma singela diferença. Ao invés de chineses falando
enrolado do teu lado, agora são Paraguaios. E que velocidade que eles falam.
Não dá pra entender nada. E eles sabem disso. Dá pra perceber que é uma arma
deles pra se comunicarem sem que percebamos.
Assim que chegamos (milagrosamente vivos!!!), entramos numa
galeria chamada China. De China não tem nada. É um lugar muito bonito, com um
detalhe: é pré-requisito das atendentes serem esbeltas para usarem saias que
cobrem 3 centímetros de pernas.
Todas maquiadas, uniformes, mas, que saias são essas!!!!
Achamos tudo caro, daí, fomos a uma outra galeria.
No meio do caminho um rapaz nos parou para perguntar o que
queríamos. Não sei o nome deste serviço, mas ele é comissionado para nos levar
a algumas lojas. É um guia.
Ele nos levou em algumas lojas de câmeras fotográficas e,
após rodarmos mais de 1 hora e muita negociação, finalizamos a compra nesta
loja abaixo.
O vendedor de chama André. Extremamente atencioso (como
todos da loja), e este foi um fator, além do preço, determinante para o
fechamento.
Compramos além da câmera fotográfica, um GPS com mapa de
todos os países e... adivinhem!!!!Um netbook da HP, top, com 3G, lindo, lindo,
lindo.
Além disso, o tal André nos deu varias dicas turísticas para
aproveitar o Paraguai.
Saímos da loja e fomos passear pelas barracas de rua
(camelôs). Compramos um óculos para o Zeca, uma vez que ele esqueceu o dele em
casa, alguns filmes e meias.
Para voltar, foi a maior aventura de nossas vidas!!!
Negociamos com moto-taxis paraguaios para nos levar até o Camping a R$10,00 cada. Mas meu Deus!!!! Nunca vi motorista mais louco que os
de lá.
Eles entram em frestas que não nos cabem. Batem, isso mesmo,
batem nos carros da frente para irem logo. O transito todo travado. Tinha uma
pá carregadeira entrando numa obra e eles passaram por baixo da pá como se não
fosse nada.
Atravessamos a fronteira e foi loucura chegar até o Camping.
Eles correm demais da conta e, o pior, não sabem o caminho.
Com muito custo chegamos (vivos!!!) ao Camping.
Colocamos tudo no trailer e resolvemos sair para comer algo
(não havíamos comido nada o dia todo). Paramos numa pizzaria, comemos (e
caro!), passamos num mercado para comprar algumas coisas que faltaram para
cozinhar no trailer e fomos embora.
Ao chegar, enquanto o Zeca foi tomar banho, comecei a dar
ordem do trailer. Como é difícil!!! Terminando, tomei um belo de um banho e
simplesmente “capotamos” na cama.
Programamos de amanhã irmos a fronteira verificar como
funciona para atravessar com o trailer e aproveitar que é domingo e o comércio
é fechado para irmos passear nas Cataratas do Iguaçu e talvez atravessarmos
para a Argentina. A expectativa é grande, mas vamos aguardar até amanhã.
Um beijo pessoal. Fiquem com Deus! Tchau!
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