SAINDO DO PARAGUAI
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Seguimos pela Transchaco ate Mayor Infante Rivarola, estrada vazia, sem movimento, mas com uma paisagem muito bonita. As fazendas de gado do Paraguai possuem um reservatório de água que se assemelha á boca de um vulcão. Ali fica armazenada a água da chuva para ser usada na época da seca. Não me recordo o nome que dão para esse "aterro".
Uma paisagem diferente, muito bonita, mas as estradas naquela parte é péssima, não sei como anda aquilo hoje, mas na ocasião, (02/2011) estava horrível.
Antes do hotel, em Villa Presidente Hayes comprei uma garrafa Térmica para tomar Tereré eu havia me esquecido desse nome, mas conversando com um amigo me recordei do Tereré.
Uma garrafa térmica e uma cuia igual a essas de Chimarrão.
É um chá muito refrescante, uma sensação maravilhosa para quem esta debaixo de um calor que podia chegar a 38 graus.
Por ai você pode ter uma ideia do calor que passamos.
Quase todas as pessoas nas ruas andavam com uma garrafa de Tereré com água gelada.
O preparo é simples mas requer um jeitinho especial. Um chá de erva mate (llex paraguarensis) de origem paraguaia comprado em qualquer loja de mantimentos, bares, ou mercearias. Um limão umas pedras de gelo e muita água gelada. Pode também usar hortelã, leite, sucos entre outros.
Coloca-se o chá, espreme um limão, misture bem e água gelada. Vai tomando aos poucos e incrivelmente da uma enorme sensação de frescor interna.
Gostei demais daquilo. Também é muito usado aqui no Brasil no M.S.
"Diferentemente do Chimarrão, que é feito com água quente, o Tereré é consumido com água fria, resultando em uma bebida agradável e refrescante. Em sua produção, a erva mate utilizada no preparo do tereré difere do chimarrão por ter de ficar de repouso por volta de oito meses, em local seco, e de ser triturada grossa depois disso. Devido ao fato das folhas serem cortadas grossas, ao contrario do chimarrão, o tereré não tem tantos problemas com o entupimento. Quando isso ocorre, geralmente é devido a uma grande quantidade de mate em pó, indicando má qualidade da erva usada."
(http://pt.wikipedia.org/wiki/Tereré).
E depois quando estávamos acampados no hotel perto de Filadélfia, o gerente do hotel, um gaúcho muito conversador, me ensinou fazer o mesmo com a casca de uma arvore que eles tem por la. Mas o melhor ainda achei que era o chá.
A Sarita gostou mais da beleza da peça do que o conteúdo.
Eu, como sinto muito o calor, gostei do Tereré. É incrível como aquilo refresca.
A cuia, que aliás era muito bonita, com a garrafa encapada em couro com motivos paraguaios, desapareceu quando voltamos, assim como algumas outras coisas.
Incrível como as coisas desaparecem. Preciso me benzer.
Acredito que viajamos por uns 300 km ou mais por uma estrada horrível toda esburacada e deserta, torcendo para não furar um pneu, estragar alguma coisa na caminhonete e outras coisas ate um local chamado Mayor Infante Rivarola. La tinha um entroncamento uma carretera para a direita muito ruim, bem pior do que a que estávamos e outra parecida com a que estávamos que seguia pela esquerda.
Do nosso lado direito havia um posto de policia.
Burrice humana.
Cai na tentação de me informar.
Fui perguntar aos policiais qual seria a estrada certa ou a melhor para chegar na Bolívia.
Haviam quatro policiais armados, pediram meus documentos, ai eu vi o que iria acontecer. Seguraram os documentos e pediram dinheiro.
Eu tentei relutar dizendo que não daria, mas eu vi que a coisa estava ficando feia, disseram que só nos liberava se pagasse, e para piorar eu teria que ter pego o visto de saída do pais em Mariscal Estigarribia, ou seja mais um dia para voltar. A Sarita percebendo que a coisa estava esquentando, saiu da caminhonete e veio ao nosso encontro. Um dos policiais, muito estupido, mandou que ela ficasse fora disso, e disse pára ficar na caminhonete. Eu fiz sinal para ela ir e me levaram para dentro do escritório deles, que por sinal muito porco, todo sujo.
La me obrigaram a pagar uma quantia que não me recordo o valor, creio que foram U$100,00 (cem dólares) , foi a maior propina que pagamos nessa viajem.
Pensa em um cara bravo, pensa em um cara revoltado...era eu.
Ali nos disseram que podíamos seguir em frente, eu perguntei sobre o visto de saída e me responderam que não iria precisar. Fiquei mais puto ainda.
Pegamos a carretera da esquerda para sair do pais, que na hora era tudo o que eu mais queria, queria estar bem longe daqueles filhos da puta. Nessa hora todos os palavrões que eu conheço já tinha saído da minha boca e mais alguns. Se tinha algum anjo da guarda ao meu lado ele já devia ter me deserdado de tanta porcaria que saiu da minha boca.
A coitada da Sarita apesar de também estar muito P... da vida ainda fazia o papel de conciliadora. Tentava me animar, foi uma guerreira, tive muito orgulho dela.
Ma a raiva não passava.
Creio que 90% dos policiais que encontramos eram estúpidos, exploradores e incrivelmente mal educados. Todos muito bem armados e usam isso para intimidar as "vitimas".
Mal sabíamos nós que o pior estava por vir.
Isso se parece com um Posto Policial?
Pois foi nesse local, nesse casebre que
estavam os policiais corruptos.
A garrafa que compramos era parecida
com essa. Realmente muito bonita, pena
que sumiu.
Talvez ainda a encontre.
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